quarta-feira, 21 de março de 2012

sugestões -poesia-NRE


SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE TELÊMACO BORBA
COORDENAÇÃO REGIONAL DE TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO
1
A poesia ganhou um dia específico, sendo este criado em homenagem ao poeta brasileiro Antônio Frederico de Castro Alves (1847-1871), no dia de seu nascimento, 14 de março. Poeta do Romantismo foi autor de belíssimas obras, como o “Navio Negreiro” e “Espumas Flutuantes”. Sua arte era movida pelo amor e pela luta por liberdade e justiça.
O dia 21 de março, comemorado em mais de cem países, é a data promulgada pela UNESCO para ser celebrada como Dia Mundial da Poesia.
Sendo assim, não poderíamos deixar passar esta data sem sugerir alguns vídeos que estão disponíveis no Portal Dia a Dia Educação, bem como alguns sites em que se encontram sugestões de atividades e planos de aula específicos sobre poesia e sobre alguns poetas.
Imagem disponível em: http://www.ibge.gov.br/ibgeteen/datas/poesia/home.html
Portal Dia a Dia Educação
Relatos de Experiência:
http://www.portugues.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=319
http://www.portugues.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=318
Vídeo sobre a poetisa Helena Kolody: http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/debaser/singlefile.php?id=23196
Vídeo do poema “Tecendo a Manhã” de João Cabral de Melo Neto
http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/debaser/singlefile.php?id=23053
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2
Vídeo Patativa Cabra da Peste sobre Patativa do Assaré
http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/debaser/singlefile.php?id=23046
Vídeos sobre João Cabral de Melo Neto
http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/debaser/singlefile.php?id=23044
http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/debaser/singlefile.php?id=23043
Vídeo – Vida e obra Patativa do Assaré
http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/debaser/singlefile.php?id=23041
Vídeo do poema “Os Sapos” de Manuel Bandeira
http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/debaser/singlefile.php?id=22031
Vídeo – Narração do poema “Desânimo” de Álvares de Azevedo
http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/debaser/singlefile.php?id=22027
Vídeo – Narração do poema “Versos Íntimos” de Augusto dos Anjos
http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/debaser/singlefile.php?id=22026
Vídeo do poema “Se eu morresse amanhã” de Álvares de Azevedo
http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/debaser/singlefile.php?id=21706
Vídeo do poema “Do amoroso esquecimento” de Mário Quintana
http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/debaser/singlefile.php?id=20884
Vídeo do poema “Velha história” de Mário Quintana
http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/debaser/singlefile.php?id=20883
Vídeo do poema “Vazio agudo” de Paulo Leminski
http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/debaser/singlefile.php?id=20882
Vídeo em que Adélia Prado lê os poemas: Bilhete em Papel Rosa, Briga no Beco, Casamento e Tal Qual um Macho
http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/debaser/singlefile.php?id=19923
Vídeo do poema “Quadrilha” de Carlos Drummond de Andrade
http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/debaser/singlefile.php?id=19899
Vídeo do “Poema de Sete Faces” de Carlos Drummond de Andrade
http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/debaser/singlefile.php?id=18451
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3
Vídeo do “Poema em Linha Reta de Fernando Pessoa
http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/debaser/singlefile.php?id=18447
Vídeo do poema “E agora José” de Carlos Drummond de Andrade
http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/debaser/singlefile.php?id=18436
Vídeo do poema “Cidadezinha Qualquer” de Carlos Drummond de Andrade
http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/debaser/singlefile.php?id=18433
Vídeo do poema “O Haver” de Vinícius de Moraes
http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/debaser/singlefile.php?id=12393
Vídeo do poema “Retrato” de Cecília Meireles
http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/debaser/singlefile.php?id=9541
Portal do Professor
Publicando com Cecília Meireles:
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=728
Como e quando o trabalho com a poesia pode desenvolver hábitos de leitura e escrita?:
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=37831
Poesia: um gênero que encanta:
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=22732
Confeccionando um livro de poesias:
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=19149
Coleção de aulas: Manuel Bandeira, Olavo Bilac, Cecília Meireles, Mário Quintana ... que contribuições esses poetas trouxeram para literatura infantil brasileira?:
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaColecaoAula.html?id=490
Nova Escola
Os poetas e o fazer poético – 8º e 9º anos
http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/pratica-pedagogica/os-poetas-e-o-fazer-poetico-426210.shtml
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4
Leitura de poema e análise semântica – 8º e 9º anos
http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/pratica-pedagogica/leitura-poema-analise-semantica-527235.shtml
Interpretação de poemas – 6º ano
http://revistaescola.abril.com.br/fundamental-2/interpretacao-poemas-647030.shtml
Literatura na escola - 6º ano: Poemas de Paulo Leminski
http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/pratica-pedagogica/literatura-escola-6o-ano-poemas-paulo-leminski-553855.shtml
Literatura na escola - 7º ano: Poemas de Manuel Bandeira
http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/pratica-pedagogica/literatura-escola-7o-ano-poemas-manuel-bandeira-561239.shtml
Literatura na escola - 8º ano: Poemas de Carlos Drummond de Andrade
http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/pratica-pedagogica/literatura-escola-8o-ano-poemas-carlos-drummond-andrade-568039.shtml
Literatura na escola - 9º ano: Poemas de Baudelaire
http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/pratica-pedagogica/literatura-escola-9o-ano-poemas-baudelaire-576931.shtml
Ensino Médio: Os muitos eus de Fernando Pessoa
http://revistaescola.abril.com.br/ensino-medio/fernando-pessoa-625322.shtml
Ensino Médio: Shakespeare: o poeta ilimitado
http://revistaescola.abril.com.br/ensino-medio/willian-shakespeare-poeta-ilimitado-hamlet-619840.shtml
Ensino Médio: Cartola: o grande poeta lírico do Samba
http://revistaescola.abril.com.br/ensino-medio/plano-aula-cartola-grande-poeta-lirico-samba-676940.shtml
Ensino Médio: Estudo dos Heterônimos de Fernando Pessoa
http://revistaescola.abril.com.br/ensino-medio/estudo-heteronimos-fernando-pessoa-573739.shtml
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5
Oficina de Poesia
http://www.helomartins.com.br/temas/oficina-de-poesia.html
Plano de Aula para EJA
http://generalizado.com.br/2012/02/poemas-plano-de-aula-para-eja/
Revista Prática de Ensino de Literatura
http://www.fafija.br/ojs/index.php/rpe/index
UOL Educação
Poemas visuais de Apollinaire e poesia concreta
http://educacao.uol.com.br/planos-aula/medio/portugues-poemas-visuais-de-apollinaire-e-poesia-concreta.jhtm
Poetas Brasileiros
http://educacao.uol.com.br/planos-aula/medio/portugues-poetas-brasileiros.jhtm

domingo, 11 de março de 2012

COLEGAS PROFESSORES
 AS ATIVIDADES AQUI POSTADAS SÃO PARA AUXILIÁ-LOS. ALGUMAS NÃO SÃO DE MINHA AUTORIA, MAS SIGO OUTROS BLOGS, OU SEJA SOMAMOS IDEIAS, ESPERO QUE POSSA CONTRIBUIR COM SEU TRABALHO, DEIXE RECADOS.
OBRIGADA.

INTERPRETAÇÃO

Lucas é o personagem central desta história. Como tantos meninos de dez anos, ele é atormentado pelos fortões da vizinhança. Incapaz de revidar, desconta sua raiva nas formigas do seu jardim, que, em seu mundo reduzido, conhecem Lucas como “O Destruidor”. Lá, o mago Zoc procura por uma solução para livrar sua colônia dos tormentos provocados pelo menino. Quando ele descobre uma poção mágica, resolve aplicar em Lucas. De repente, ele é reduzido ao tamanho de uma formiga. Seqüestrado pelos insetos, é obrigado a trabalhar no formigueiro sob a tutela da adorável Hova , namorada de Zoc. Como qualquer outra produção destinada ao público infantil, Lucas – Um Intruso no Formigueiro traz uma mensagem edificante relacionada ao amadurecimento do protagonista.






GRAMATICA ARTIGO



LEITURA LACUNADA





ORTOGRAFIA, PONTUAÇÃO, CRUZADINHA- BLOG CAIXINHA DE IDEIAS DA PROF. BAIANA MARTINHA














TRABALHO POEMAS SALA DE APOIO

http://educarparacrescer.abril.com.br/poesia/

sábado, 10 de março de 2012


NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE Telêmaco Borba
Professor Cursista:
Estabelecimento de Ensino: Colégio Estadual Gregório Teixeira                                         Série: 8ª série (9° ano)          Disciplina: Língua Portuguesa
 Período de aplicação: 3 semanas (12 aulas)


Conteúdos
Justificativa

Encaminhamento Didático e Recursos Metodológicos:
Avaliação (Critérios e Instrumentos)
Referências
Estruturantes

A nossa sociedade carece de informações sobre seus direitos e deveres, hoje, encontram-se as informações disponíveis a todos, como afirma e vimos no decorrer do curso. No entanto uma pequena parcela da população sabe disso e tem acesso a elas. A outra parcela está aquém dessas informações, pois muitas pessoas não detêm dos meios de comunicação para que possam se interar do assunto.
Para aplicar o plano de trabalho docente, optei por 8ª série (9º ano), de um Colégio da periferia, com o objetivo de levantar questionamentos sobre o que pagamos e o que temos de ofertas, tantos nos serviços públicos, como saúde, educação e benfeitorias no bairro onde está inserido o colégio. O assunto a ser abordado encontra-se no Caderno três, páginas 24, 25, 26, 27 e 28.


1º momento: Apresentar um vídeo: “A Pantera cor de Rosa: a Pantera e os impostos”. http://youtu.be/XtIX7-l0dg4;

2º momento: Discussão sobre o vídeo abordado sobre os impostos através de uma roda de conversa, fazendo um paralelo com os impostos brasileiros. Acredita-se que os alunos farão à comparação. Levantar os seguintes questionamentos:
- Vocês sabem quanto sua família paga de impostos?
- Quando compramos determinados produtos, pagamos impostos embutidos no valor?
- O que é IPVA, IPTU, ICMS, IPI?
- Quem ganha menos paga mais impostos?;

3º momento: Entregar aos alunos o texto, este sendo da tipologia jurídica, contendo o conteúdo “Espécies de tributos”, explicar o gênero textual, sendo este baseado nas leis da Constituição Federal, apontando para a linguagem diferenciada em que o texto é redigido;

4º momento: Pedir para que os alunos em grupos, compostos por quatro membros, leiam o documento, e busquem no dicionário as palavras das quais não conhecem os significados, os dicionários estarão à disposição na mesa do professor;

5º momento: Ler juntamente com os alunos o texto, explicando, questionando o assunto;

6º momento: Para assimilação do conteúdo será apresentada uma atividade impressa (cruzadinha e enumeração de colunas), a mesma será resolvida individualmente, em seguida será feita à correção coletiva, visto que surgindo dúvidas possamos saná-las naquele momento;

7º momento: Como tarefa de casa, os alunos providenciarão junto à família, talão de luz, para uma atividade que será realizada na próxima aula;

8º momento: Na aula seguinte pedir para que os grupos analisem os talões por eles trazidos, observando a taxa de iluminação pública, verificando que ali constam os impostos, que são tributos: ICMS, PIS/PASEP, COFINS, com isto eles perceberão que somos nós que mantemos o país, também outras observações e apontamentos que forem surgindo no decorrer da aula. Lembrá-los de que os brasileiros não “ganham” favores dos serviços públicos: como saúde, educação, ou seja, o Estado não está prestando favor, mas sim prestando serviço pelos tributos recolhidos. E que estes serviços têm que ser de melhor qualidade, visto que os impostos são uns dos mais altos do mundo;

9º momento: Para finalizarmos o trabalho, ler juntamente com os alunos através de slides o poema “Penso e passo” da escritora curitibana Alice Ruiz;

10º momento: trabalhar a interpretação textual refletindo sobre o poder que o cidadão tem em mudar o mundo, então ajudá-los a perceber que podemos exigir dos governantes melhores serviços prestados a sociedade.

Vídeo, slides, TV multimídia, atividades impressas, livro didático (Novo diálogo), talões de luz e dicionários de Língua Portuguesa.


O aluno deverá:

- discutir e compreender o que são tributos;

- resolver as atividades propostas (impressas);

A avaliação dá concomitante, ou seja, no decorrer das aulas.





































“A Pantera cor de Rosa: a Pantera e os impostos”. http://youtu.be/XtIX7-l0dg4;


BELTRÃO, Eliana Santos; GORDILHO, Tereza. Novo Diálogo.  1ª ed. – São Paulo: FTD, 2006.

BRASIL, Ministério da Fazenda. Função social dos tributos. / Programa Nacional de Educação Fiscal. 4. ed. Brasília: ESAF, 2009.













































































Discurso como prática social








Específicos




- Espécies de tributos;
- Intencionalidade textual (leitura)
- Conteúdo temático; (escrita)
- Elementos composicionais do gênero (escrita)
- Argumentos (oralidade)












quinta-feira, 8 de março de 2012

cultura africana e indígena


CONFECÇÕES DE MÁSCARAS 

CONFECÇÕES DE MÁSCARAS 
* trabalhar textos que abordam temas referente a arte africana
* levar os alunos para pesquisar na internet imagens de máscaras africanas
* escolher uma máscara que pesquisou na internet e desenhar no caderno
* confeccionar máscaras
COMO FAZER?
INGREDIENTES: trigo, água, jornal, balão de festa.
Coloque em uma bacia uma quantia de trigo e outra de água, misture até formar uma massa homogênia.
Posteriormente molhe o jornal nesta massa e coloque no balão. 
Deixe secar por um dia. Pronto agora é só confeccionar a máscara!
Esta atividade envolve muito os alunos! O resultado final é muito gratificante. Vale a pena tentar fazer!

                                         Sequência didática de arte para 6º e 7º anos

Esta atividade visa trabalhar com ênfase a cultura indígena e  afro relacionando-as a diversos artistas e ao dia a dia dos educandos.
 
Utilizando a TV Multimídia apresentar as imagens ( anexas ). Após, realizar questionamentos tais como:
Onde podemos ver as culturas afro e indígena presente hoje?
Qual a importancia dessas culturas serem preservadas e mantidas em nossa sociedade?
A “moda” a todo instante tráz elementos culturais que tornam-se populares,como você analisa essa influencia?
Propor pesquisa dos ícones africanos e indígenas
Tendo como base a pintura corporal africana e indígena, elaborar estampas ( a princípio utilizando papel e posteriormento outros materiais alternetivos: Tecido,  tela, madeira, vidro, entre outros que podem ser reciclados,camisetas que poderão ser utilizadas nos figurinos de danças etc.)
Slides de uma tribo africana;
Exemplos de atividades de estamparia;
Estas são apenas sugestões, podendo o professor utilizar outras fontes para desenvolver as atividades propostas bem como forma de complementação das atividades.
sugestões da SEED via NRE



Dia Internacional da Mulher

O porquê do 8 de março.
Em 8 de março de 1857 em Nova Iorque, os patrões e a polícia trancaram e atearam fogo em 129 mulheres em uma tecelagem, as mesmas morreram carbonizadas, simplesmente porque clamavam por seus direitos. 
Ainda hoje a mulher busca por igualdade de trabalho e respeito. A luta continua....
A você mulher, parabéns.

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Escritora paranaense-Dia-a-dia educação

Consagrada poetisa do Paraná, inaugurou em 1941 a série de mulheres haicaístas do país. Dona de uma enorme coleção de adjetivos-virtudes, palavras-emblemas, atribuídos a ela pelo povo paranaense, Helena deixou uma obra, que na qualidade lembra outra grande poeta: Cecília Meirelles. O amor que ela conquistou pelos poemas, pelos livros, juntou-se à lira de sua poesia feita de canções à vida, da solidariedade, da natureza e a inquietude da condição humana. Pode-se brincar dizendo que as letras iniciais do nome da poeta, HK, são as mesmas de quando se grafa hai-kai, como ela o fazia.

Regras ortográficas


Novo Acordo Ortográfico em poesia
Agora, vinte e seis letras
Tem a Língua Portuguesa,
Mas as letras ( K,Y,W ), na verdade
Já eram usadas, com certeza!

Exemplos: Jackson, Washington, Kenedy, Km ...
O trema , ( ¨ ) pobres pontinhos!
Foram embora, podem crer.
Continuam só na fala,
Mas não precisam escrever.
Exemplos: Na sequência, serviremos linguiça para cinquenta pessoas.
Atenção! Usa-se o trema apenas em nomes como: Müller, Bündchen ...
Os ditongos éi e ói
Nas palavras paroxítonas,
Não precisam acentuar.
Atenção, pra não errar!

Exemplos: Aquela ideia me deixou paranoico na assembleia.
Fica mantido o acento,
De troféu, herói, papéis...
Pois são palavras oxítonas,
Sejam a elas fiéis.
O ( i ) e ( u ) não têm acentos,
Quando um ditongo antes vem
Na feiura, bocaiuva e na baiuca...
Ih! Quanta mudança tem!
Foram salvos desses cortes,
tuiuiú, teiú e Piauí...
( i ) e ( u ) na última sílaba
Muita atenção nisso aí!
( ee ), ( oo)!! Vejam bem...
Perderam os seus acentos.
Creem, deem,voo, enjoo...
Precisam ficar atentos!
Agora chegou a vez
Dos acentos diferenciais
Chegam a causar confusão
Com mudanças radicais!
É o para que é verbo
É o para preposição
Polo(s), pera(s), pela(s), coa(s)...
Que tamanha confusão!
Exemplos:
a) Para já esse carro, esqueci as peras no supermercado. Volto para casa pela calçada.
b) Eu pelo o pelo do corpo pelo método mais fácil.
Verbo pôr é acentuado,
Pôde no passado, é também
Mas o pode no presente
Nada de acento, heim?

Exemplos: Vou pôr a seguinte frase na lousa: Ontem, ele não pôde sair de casa, mas hoje pode.
A forma e a fôrma (de bolo)
Agora estão na vez...
A maneira de grafar,
Fica a gosto do freguês.
Exemplo: Pegue a forma do bolo. ( ou ) Pegue a fôrma do bolo.
Têm e vêm quando tiver no plural
Continuam acentuados.
Será que tantas mudanças,
Podem nos deixar pirados?

Exemplos: Todos os alunos vêm assistir o vídeo sobre o assunto: Os seres humanos têm direitos, mas também têm deveres a cumprir.
Ah! Sumiu o acento agudo,
Do gue gui e do que qui,
Em averigue, enxague, apazigue
E também em " ele argui"! ( que estranho, não é? )
Arre! Enfim boa notícia,
Sobre a acentuação!
As demais regras ortográficas,
Continuam como são!
( Profª Maria Marlene- Língua Portuguesa )
http://literaturamariamarlene.blogspot.com/2009/08/novo-acordo-ortografico-poema.html

blag, blergh, blog
de vaneio a devaneio vive o homem.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Conto do novo acordo ortográfico

"Nua em pelo, Maurícia atacou a geladeira tarde da noite. Perdida em sua frequente autoanálise, comia uma pera enquanto aquecia uns garapaus açorianos no micro-ondas. Não havia ali plateia para dividir tal cena. Em um ato heroico, Maurícia levantou voo para que pudesse fugir, tranquila, de si mesma. Reflexo da paranoia iniciada na estreia de sua última exposição, uma feiura que só.

Plano de aula- Conto "Negrinha"


Introdução
Em 1920, Monteiro Lobato (1882-1948) publicava o conto Negrinha no livro do mesmo nome. Embora distante três décadas da proclamação da República e da extinção da escravidão, o Brasil ainda vivia efeitos da transição da Monarquia para a República e do trabalho escravo para o trabalho livre.
O país, que até então tinha sua estrutura social baseada no meio rural e a estrutura econômica dependente da mão de obra escrava, passava por inúmeras transformações. A indústria começava a se desenvolver e o processo de urbanização avançava. O Brasil modernizava-se, mas o preconceito racial contra aqueles que tinham a pele negra ou parda, antigos escravos e seus descendentes, permanecia o mesmo.
Sensível observador, Lobato denunciou, em momentos de suas obras, a desigualdade entre brancos e negros, herança do escravismo. O conto Negrinha é um desses momentos. Com personagens que representam a população brasileira das décadas iniciais do século XX, Lobato expõe a mentalidade escravocrata que ainda persiste tempos depois da abolição.
Objetivos 
- Saber quem foi Monteiro Lobato: época, obra e importância para a literatura brasileira. 
- Ler e compreender o conto Negrinha, de Monteiro Lobato. 
- Perceber e discutir a representação do negro no conto. 
- Desenvolver comportamentos leitores.
Conteúdos 
- Biografia de Monteiro Lobato 
- Leitura análise de Negrinha, de Monteiro Lobato
Anos 
8º e 9º anos.
Tempo estimado 
1 mês
Material necessário 
Cópias do conto Negrinha, de Monteiro Lobato, Ed. Globo.
Desenvolvimento
1ª etapa: Pesquisa prévia sobre Monteiro Lobato e o contexto histórico do início do século XX
Prepare-se cuidadosamente. Seu entusiasmo será decisivo para o envolvimento dos alunos. Leve imagens de Monteiro Lobato e de cenas do cotidiano de meados do século XIX e inícios do XX. Os quadros de Debret - Jean Baptiste Debret (1768-1848), pintor francês que da Missão Artística Francesa que esteve no Brasil em 1816. Retratou tipos humanos, costumes e paisagens brasileiras. De volta à França, entre 1843 e 1839, editou o livro Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil, ilustrado com litogravuras.
Suas pinturas são de fácil acesso na internet e excelentes para ilustrar os costumes da época colonial. Os livros de História do Brasil também serão boas fontes de pesquisa. Peça a cooperação dos professores de História e Arte. Convide-os para conversar com a classe sobre o Brasil do final do século XIX e inícios do XX. Para criar um ambiente inspirador, organize um painel com as imagens. Fale brevemente sobre Lobato, não sem antes perguntar o que a classe sabe sobre ele. Comente a importância que tem na nossa literatura. Indague os alunos sobre que obras desse autor eles já leram ou ouviram falar. Apresente o livro em que está o conto. Justifique a escolha do texto: Negrinha, pelo viés da literatura, apresenta um quadro do tratamento que se dava ao negro nos inícios do século XX.
Ainda nessa aula, divida a classe em quatro grupos que deverão fazer uma busca dos dados biográficos, época, obras e importância de Lobato para a literatura brasileira. Cada grupo ficará responsável por pesquisar cada um desses itens referentes ao escritor. Em data marcada, cada grupo apresenta para a classe as informações coletadas. Peça que confeccionem cartazes para orientar a apresentação. Mantenha todo o material exposto pela sala de aula até a conclusão das atividades com o conto.
É importante que observem o contexto histórico e imaginem como era a sociedade brasileira nos inícios do século XX. Indague que fatos marcaram esse período no Brasil. As atividades anteriores à leitura do texto são importantes para a ativação dos conhecimentos prévios necessários para a compreensão do conto.
2ª etapa: Leitura do conto Negrinha 
Realize a leitura compartilhada do conto com a classe. Explicite o objetivo da leitura: perceber o tratamento dado ao negro na época em que se desenvolve a narrativa. Durante a leitura, proponha questões que auxiliem a compreensão do texto. Mostre que a época não é exatamente citada, mas que é possível inferir por elementos do texto: Nascera na senzala, de mãe escrava.
À medida que for lendo, faça pausas para discutir dúvidas, auxiliando a construção dos sentidos do texto pelos alunos. Favoreça um ambiente leitor em que os jovens dialoguem o mais livre possível com o texto.
Peça que, em duplas, metade da classe faça um levantamento das palavras e expressões que caracterizam a Negrinha, desde a ausência de nome próprio até idade, origem, aspecto físico, olhos, as marcas do corpo, temperamento, onde vivia, com quem vivia etc. A outra metade faz o mesmo com a personagem dona Inácia. As descrições das personagens são carregadas de emoção. Sua compreensão ajuda o leitor a continuar a construir sentidos para o texto. O conto também é repleto de ironias - ironia é uma figura de linguagem que ocorre quando se diz alguma coisa, querendo-se dizer exatamente o contrário. Ajude a turma a percebê-las. Por exemplo:
Que ideia faria de si essa criança que nunca ouvira uma palavra de carinho? Pestinha, diabo, coruja, barata descascada, [...] - não tinha conta o número de apelidos com que a mimoseavam.
Explique aos alunos que o emprego de "mimoseavam" é ironia porque atribuir nomes depreciativos a uma pessoa não é uma forma de mimoseá-la, isto é, agradá-la. É exatamente o contrário. Será também importante discutir os conceitos presentes no texto, como: crueldade, cinismo, hipocrisia, piedade, gratidão. Oriente para que percebam as passagens em que tais conceitos são evidenciados.
Avance na reflexão. Os tipos de castigos físicos aplicados na menina negra parecem ser herança do escravismo. Chame a atenção para a descrição detalhada deles. Selecione no painel imagens em que apareçam escravos sendo castigados. Diga para a classe que observe se há semelhança com os castigos sofridos pela Negrinha. Peça que evidenciem o tratamento desigual dispensado à menina negra e às meninas louras, sobrinhas de dona Inácia. Auxilie na reflexão sobre os contornos que o texto vai adquirindo: que trechos mostram o que o narrador pensa da importância do brincar para uma criança? O que aconteceu com a menina negra depois que brincou com a boneca de louça? Por qual transformação ela passou?
Explore a frase: Brincara!... Construída apenas com uma palavra, a frase é carregada de significação. Peça a comparação entre: Brincou!... e Brincava!... No uso de pretéritos diferentes, que mudanças de sentido aconteceriam ao texto? Comente também o uso da pontuação expressiva da exclamação e das reticências. Que efeito de sentido provoca no texto? O desfecho com a morte da menina negra, depois de ter experimentado pela primeira vez o sentimento da alegria, sugere a seguinte reflexão: aqueles que sofreram maus tratos não têm salvação? Está determinado que serão infelizes para sempre? Favoreça um espaço democrático de discussão, em que os alunos dialoguem livremente com as ideias do texto. Não há resposta certa. O importante é o debate, a circulação de pontos de vista.
Desdobramentos
Proponha atividades que ajudem os alunos a aprofundar sua compreensão da obra. Sugestões de atividades:
- elaboração, em duplas, de uma narrativa, recontando a história da Negrinha, em primeira pessoa, sob o ponto de vista da menina, uma criança de sete anos;
- comparação entre Negrinha e os contos de Machado de Assis: O Caso da Vara  e Pai Contra Mãe. O primeiro apresenta muitas semelhanças com Negrinha: as personagens principais são mulheres viúvas, bordadeiras, que vivem rodeadas de "crias". São autoritárias e capazes de atos cruéis contra crianças. Em ambos também fazem parte do enredo personagens meninas, Lucrecia e Negrinha, respectivamente. A descrição delas é semelhante:
Damião olhou para a pequena: (Lucrecia) era uma negrinha, magricela, um frangalho de nada, com uma cicatriz na testa e uma queimadura na mão esquerda. Contava onze anos.

Negrinha era uma pobre órfã de sete anos. [...] Assim cresceu Negrinha - magra, atrofiada [...] O corpo de Negrinha era tatuado de sinais, cicatrizes, vergões. 

O conto Pai Contra Mãe ambienta-se no Rio de Janeiro do século XIX, antes da abolição da escravatura. Narrado em 3ª pessoa, é um dos contos em que o autor apresenta a escravidão da maneira mais impressionante e brutal.
- comparação entre o tratamento dado à criança no conto Negrinha e os princípios 3º e 7º da Declaração dos Direitos da Criança e o Adolescente: 7º Princípio - [...] A criança terá ampla oportunidade para brincar e divertir-se, visando os propósitos mesmos da sua educação [...] 3º Princípio - Toda criança tem direito a um nome e a uma nacionalidade. Estatuto da Criança e do Adolescente: Lei nº 8069, de 13 de julho de 1990 http://www.planalto.gov.br 
- Debate sobre a frase do conto Negrinha: Varia a pele, a condição, mas a alma da criança é a mesma - na princesinha e na mendiga.
- o conto pode ser um ponto de partida para a discussão do bullying, dentro e fora da escola. 

Avaliação
Proponha a elaboração, em duplas, de uma síntese da discussão provocada pela leitura e análise do conto Negrinha. Peça, ainda, que cada aluno escolha um trecho do conto de que tenha gostado, que o copie caprichosamente numa tira de papel. Embaixo da cópia, escreva uma justificativa para a escolha. Depois, cada aluno lê para os colegas o trecho escolhido e os motivos da escolha. Em seguida, afixa a tira no mural. Ali estará uma síntese das impressões da classe diante do texto. Com essas atividades você poderá avaliar se os objetivos propostos para o trabalho - isto é, perceber e discutir a representação do negro no conto - foram alcançados.
Quer saber mais?
BIBLIOGRAFIA 
Negrinha, em Os cem melhores contos brasileiros do século, Ed. Objetiva 
O caso da vara, em A cartomante e outros contos, Machado de Assis, Ed. Moderna
Pai contra mãe, em A cartomante e outros contos, Machado de Assis, Ed. Moderna

plano de aula- conto "Negrinha"


Introdução
Em 1920, Monteiro Lobato (1882-1948) publicava o conto Negrinha no livro do mesmo nome. Embora distante três décadas da proclamação da República e da extinção da escravidão, o Brasil ainda vivia efeitos da transição da Monarquia para a República e do trabalho escravo para o trabalho livre.
O país, que até então tinha sua estrutura social baseada no meio rural e a estrutura econômica dependente da mão de obra escrava, passava por inúmeras transformações. A indústria começava a se desenvolver e o processo de urbanização avançava. O Brasil modernizava-se, mas o preconceito racial contra aqueles que tinham a pele negra ou parda, antigos escravos e seus descendentes, permanecia o mesmo.
Sensível observador, Lobato denunciou, em momentos de suas obras, a desigualdade entre brancos e negros, herança do escravismo. O conto Negrinha é um desses momentos. Com personagens que representam a população brasileira das décadas iniciais do século XX, Lobato expõe a mentalidade escravocrata que ainda persiste tempos depois da abolição.
Objetivos 
- Saber quem foi Monteiro Lobato: época, obra e importância para a literatura brasileira. 
- Ler e compreender o conto Negrinha, de Monteiro Lobato. 
- Perceber e discutir a representação do negro no conto. 
- Desenvolver comportamentos leitores.
Conteúdos 
- Biografia de Monteiro Lobato 
- Leitura análise de Negrinha, de Monteiro Lobato
Anos 
8º e 9º anos.
Tempo estimado 
1 mês
Material necessário 
Cópias do conto Negrinha, de Monteiro Lobato, Ed. Globo.
Desenvolvimento
1ª etapa: Pesquisa prévia sobre Monteiro Lobato e o contexto histórico do início do século XX
Prepare-se cuidadosamente. Seu entusiasmo será decisivo para o envolvimento dos alunos. Leve imagens de Monteiro Lobato e de cenas do cotidiano de meados do século XIX e inícios do XX. Os quadros de Debret - Jean Baptiste Debret (1768-1848), pintor francês que da Missão Artística Francesa que esteve no Brasil em 1816. Retratou tipos humanos, costumes e paisagens brasileiras. De volta à França, entre 1843 e 1839, editou o livro Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil, ilustrado com litogravuras.
Suas pinturas são de fácil acesso na internet e excelentes para ilustrar os costumes da época colonial. Os livros de História do Brasil também serão boas fontes de pesquisa. Peça a cooperação dos professores de História e Arte. Convide-os para conversar com a classe sobre o Brasil do final do século XIX e inícios do XX. Para criar um ambiente inspirador, organize um painel com as imagens. Fale brevemente sobre Lobato, não sem antes perguntar o que a classe sabe sobre ele. Comente a importância que tem na nossa literatura. Indague os alunos sobre que obras desse autor eles já leram ou ouviram falar. Apresente o livro em que está o conto. Justifique a escolha do texto: Negrinha, pelo viés da literatura, apresenta um quadro do tratamento que se dava ao negro nos inícios do século XX.
Ainda nessa aula, divida a classe em quatro grupos que deverão fazer uma busca dos dados biográficos, época, obras e importância de Lobato para a literatura brasileira. Cada grupo ficará responsável por pesquisar cada um desses itens referentes ao escritor. Em data marcada, cada grupo apresenta para a classe as informações coletadas. Peça que confeccionem cartazes para orientar a apresentação. Mantenha todo o material exposto pela sala de aula até a conclusão das atividades com o conto.
É importante que observem o contexto histórico e imaginem como era a sociedade brasileira nos inícios do século XX. Indague que fatos marcaram esse período no Brasil. As atividades anteriores à leitura do texto são importantes para a ativação dos conhecimentos prévios necessários para a compreensão do conto.
2ª etapa: Leitura do conto Negrinha 
Realize a leitura compartilhada do conto com a classe. Explicite o objetivo da leitura: perceber o tratamento dado ao negro na época em que se desenvolve a narrativa. Durante a leitura, proponha questões que auxiliem a compreensão do texto. Mostre que a época não é exatamente citada, mas que é possível inferir por elementos do texto: Nascera na senzala, de mãe escrava.
À medida que for lendo, faça pausas para discutir dúvidas, auxiliando a construção dos sentidos do texto pelos alunos. Favoreça um ambiente leitor em que os jovens dialoguem o mais livre possível com o texto.
Peça que, em duplas, metade da classe faça um levantamento das palavras e expressões que caracterizam a Negrinha, desde a ausência de nome próprio até idade, origem, aspecto físico, olhos, as marcas do corpo, temperamento, onde vivia, com quem vivia etc. A outra metade faz o mesmo com a personagem dona Inácia. As descrições das personagens são carregadas de emoção. Sua compreensão ajuda o leitor a continuar a construir sentidos para o texto. O conto também é repleto de ironias - ironia é uma figura de linguagem que ocorre quando se diz alguma coisa, querendo-se dizer exatamente o contrário. Ajude a turma a percebê-las. Por exemplo:
Que ideia faria de si essa criança que nunca ouvira uma palavra de carinho? Pestinha, diabo, coruja, barata descascada, [...] - não tinha conta o número de apelidos com que a mimoseavam.
Explique aos alunos que o emprego de "mimoseavam" é ironia porque atribuir nomes depreciativos a uma pessoa não é uma forma de mimoseá-la, isto é, agradá-la. É exatamente o contrário. Será também importante discutir os conceitos presentes no texto, como: crueldade, cinismo, hipocrisia, piedade, gratidão. Oriente para que percebam as passagens em que tais conceitos são evidenciados.
Avance na reflexão. Os tipos de castigos físicos aplicados na menina negra parecem ser herança do escravismo. Chame a atenção para a descrição detalhada deles. Selecione no painel imagens em que apareçam escravos sendo castigados. Diga para a classe que observe se há semelhança com os castigos sofridos pela Negrinha. Peça que evidenciem o tratamento desigual dispensado à menina negra e às meninas louras, sobrinhas de dona Inácia. Auxilie na reflexão sobre os contornos que o texto vai adquirindo: que trechos mostram o que o narrador pensa da importância do brincar para uma criança? O que aconteceu com a menina negra depois que brincou com a boneca de louça? Por qual transformação ela passou?
Explore a frase: Brincara!... Construída apenas com uma palavra, a frase é carregada de significação. Peça a comparação entre: Brincou!... e Brincava!... No uso de pretéritos diferentes, que mudanças de sentido aconteceriam ao texto? Comente também o uso da pontuação expressiva da exclamação e das reticências. Que efeito de sentido provoca no texto? O desfecho com a morte da menina negra, depois de ter experimentado pela primeira vez o sentimento da alegria, sugere a seguinte reflexão: aqueles que sofreram maus tratos não têm salvação? Está determinado que serão infelizes para sempre? Favoreça um espaço democrático de discussão, em que os alunos dialoguem livremente com as ideias do texto. Não há resposta certa. O importante é o debate, a circulação de pontos de vista.
Desdobramentos
Proponha atividades que ajudem os alunos a aprofundar sua compreensão da obra. Sugestões de atividades:
- elaboração, em duplas, de uma narrativa, recontando a história da Negrinha, em primeira pessoa, sob o ponto de vista da menina, uma criança de sete anos;
- comparação entre Negrinha e os contos de Machado de Assis: O Caso da Vara  e Pai Contra Mãe. O primeiro apresenta muitas semelhanças com Negrinha: as personagens principais são mulheres viúvas, bordadeiras, que vivem rodeadas de "crias". São autoritárias e capazes de atos cruéis contra crianças. Em ambos também fazem parte do enredo personagens meninas, Lucrecia e Negrinha, respectivamente. A descrição delas é semelhante:
Damião olhou para a pequena: (Lucrecia) era uma negrinha, magricela, um frangalho de nada, com uma cicatriz na testa e uma queimadura na mão esquerda. Contava onze anos.

Negrinha era uma pobre órfã de sete anos. [...] Assim cresceu Negrinha - magra, atrofiada [...] O corpo de Negrinha era tatuado de sinais, cicatrizes, vergões. 

O conto Pai Contra Mãe ambienta-se no Rio de Janeiro do século XIX, antes da abolição da escravatura. Narrado em 3ª pessoa, é um dos contos em que o autor apresenta a escravidão da maneira mais impressionante e brutal.
- comparação entre o tratamento dado à criança no conto Negrinha e os princípios 3º e 7º da Declaração dos Direitos da Criança e o Adolescente: 7º Princípio - [...] A criança terá ampla oportunidade para brincar e divertir-se, visando os propósitos mesmos da sua educação [...] 3º Princípio - Toda criança tem direito a um nome e a uma nacionalidade. Estatuto da Criança e do Adolescente: Lei nº 8069, de 13 de julho de 1990 http://www.planalto.gov.br 
- Debate sobre a frase do conto Negrinha: Varia a pele, a condição, mas a alma da criança é a mesma - na princesinha e na mendiga.
- o conto pode ser um ponto de partida para a discussão do bullying, dentro e fora da escola. 

Avaliação
Proponha a elaboração, em duplas, de uma síntese da discussão provocada pela leitura e análise do conto Negrinha. Peça, ainda, que cada aluno escolha um trecho do conto de que tenha gostado, que o copie caprichosamente numa tira de papel. Embaixo da cópia, escreva uma justificativa para a escolha. Depois, cada aluno lê para os colegas o trecho escolhido e os motivos da escolha. Em seguida, afixa a tira no mural. Ali estará uma síntese das impressões da classe diante do texto. Com essas atividades você poderá avaliar se os objetivos propostos para o trabalho - isto é, perceber e discutir a representação do negro no conto - foram alcançados.
Quer saber mais?
BIBLIOGRAFIA 
Negrinha, em Os cem melhores contos brasileiros do século, Ed. Objetiva 
O caso da vara, em A cartomante e outros contos, Machado de Assis, Ed. Moderna
Pai contra mãe, em A cartomante e outros contos, Machado de Assis, Ed. Moderna